Genealogia Pernambucana
Famílias Sertanejas
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Famílias Sertanejas
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Genealogia de famílias do sertão nordestino
Genealogia de famílias do sertão nordestino
Notas sobre Manoel Coelho Rodrigues: De Paulistana - PI. Assento de Batismo: "Aos três dias de agosto de mil setecentos e sessenta e sete, nesta fazenda do Paulista, batizei solenemente e pus os santos óleos a Manoel, filho de Valério Coelho Rodrigues e de sua mulher Domiciana Vieira. Foram padrinhos José Coelho Rodrigues e sua irmã Anna Rodrigues, casados, todos moradores nesta fazenda, com quatro meses de nascido; e para constar mandei fazer este assento o qual assino. O Vigário Dionízio José de Aguiar".
Notas sobre Aldonça Micaela Freire de Andrade: Conhecida como Maria Andórica. De Paulistana - PI.
Notas sobre Antônio Coelho Rodrigues: Coelho Rodrigues era bisneto do português Valério Coelho Rodrigues por parte do seu 7º filho, Manuel Coelho Rodrigues. Nasceu em 1846, na fazenda "Boqueirão", pertencente à Oeiras, depois passando ao município de Picos quando este se tornou independente. Faleceu, em 1912 no Rio de Janeiro Quanto a seus estudos, escreve o historiador Joaquim Chaves: "Morrendo-lhe o pai, sua mãe mandou-o para a escola do Padre Joaquim Damasceno Rodrigues, seu primo, que funcionava numa fazenda de seu trisavô e que é hoje a cidade de Paulistana-PI. Ali estudou português, aritmética, francês e latim até o ano de 1859". Se até os 14 anos vivera no interior do Piauí, sua província natal, na fazenda "Boqueirão", o fato de ter ingressado em 1862, com apenas 16 anos de idade na Faculdade de Direito do Recife, a mais famosa do Brasil, onde estudaram Tobias Barreto, Castro Alves, Clodoaldo Freitas e Sílvio Romero, entre tantas outras sumidades, reveste-se de uma enorme singularidade. Depois de formado, retorna ao Piauí, aonde desenvolve intensa atividade política, jurídica e jornalística. Torna-se membro do Partido Conservador, onde se destaca pela defesa da abolição da escravidão. Em 1867, funda em Teresina o jornal O Piauhy, que era ligado ao Partido Conservador. Aos 23 anos de idade, é eleito para a Assembleia Geral Legislativa do Império, como Deputado Geral, para a legislatura de 1869 a 1872. Ainda em Teresina, funda a chamada sociedade Manumissora, em 1870, com a finalidade de apoiar a abolição (AGUIAR, 1996). Ainda em 1870, retornou ao Recife para se doutorar em Ciências Jurídicas. Em 12 de julho de 1890 foi contratado pelo governo do marechal Deodoro da Fonseca para redigir o Projeto de Código Civil da República, esta foi, sem dúvida, a maior contribuição de Coelho Rodrigues. Para realizar o referido projeto, Coelho Rodrigues demite-se dos empregos que possui e viaja para a Suíça, onde pesquisa e trabalha. Segundo Brandão (1998, pag. 52) "este fato repercute negativamente", pois seus opositores acreditavam que a influência europeia incidiria negativamente sobre a nacionalidade da obra. Entregue em fevereiro de 1893, o documento, que tinha como "fonte imediata o Código Civil de Zurique" (AGUIAR, 1996), com 2.734 artigos, não logrou aprovação em decorrência da mudança de governo, das consequentes alterações nos conceitos políticos e filosóficos que orientavam a nova administração, além das inimizades que acumulara com membros da comissão revisora do projeto. Em 1904, Coelho Rodrigues escreve a primeira edição de sua obra intitulada A República na América do Sul. O autor inicia o texto em tom de cobrança afirmando que, considerando que a república havia sido proclamada há cerca de 15 anos e a constituição havia sido promulgada a mais de treze, "já é tempo de pedir-lhes contas dos seus resultados" (COELHO RODRIGUES, 1906, pag. 01). Afirma que o povo assistiu à proclamação da República em tom de indiferença, não fez festa nem tampouco resistiu a ela. Esse tom de cobrança se estende por toda a obra, inclusive quando o autor atenta para questões voltadas para a organização e a educação da família e demonstra as razões pelas quais considera, nesse aspecto, os anglo saxões superiores aos brasileiros. Nesse sentido, Coelho Rodrigues faz duras críticas à educação e a herança necessária, quanto a esta última o autor considera que "os bons filhos não precisam e os maus não merecem esse favor da lei" (COELHO RODRIGUES, 1906, pag. 61). Em resumo, ele foi uma das figuras mais destacadas da História do Brasil, no Império, penetrando por vários anos e pelos primeiros da República, tudo pela cultura, saber jurídico, competência e habilidade, na atuação política, foi Deputado Geral nas legislaturas (1869-1872) e (1878 - 1886), Senador do Império de 1893-1896, e Prefeito do Rio de Janeiro (1900-1903).
Notas sobre Delfina Dantas: Gameleira, Picos-PI.
Notas sobre José Clementino de Sousa Martins: (Zuca do Canto Alegre).
Notas sobre Marcolino Rodrigues Coelho: O casamento foi celebrado pelo Padre João Damasceno Rodrigues e foram testemunhas: Inácio José Rodrigues e Antônio Rodrigues de Carvalho. Foi sepultado no cemitério da Vila de Jaicós. Emparedada, Jaicós - PI.
Notas sobre Martinho Rodrigues da Paixão: Faz Pau Ferro, Paulistana-PI. Foram testemunhas do primeiro casamento: Inácio José Rodrigues e Antônio Rodrigues de Carvalho.
Notas sobre Arnaldo José Rodrigues: Também conhecido como Arnaldo do São Bento. De Barreiro, São Bento, Rajada.
Notas sobre Tavinho: De Garça, Rajada.
Notas sobre Maria Angelina da Conceição: (Maria da Garça). De Garça, Rajada.
Notas sobre Maria Aldonça Freire de Andrade: De Barreiro, São Bento, Rajada - PE.
Notas sobre Joaquim José Rodrigues: De Ouricuri - PE.
Notas sobre Sátira Maria da Conceição: De Ouricuri - PE.
Notas sobre João Antonio: De Lagoinha, Rajada - PE.
Notas sobre José Paulino Rodrigues: De Marzagão, Arizona, Afrânio - PE.
Notas sobre Petronila Maria de Jesus: De Marzagão, Arizona, Afrânio - PE.
Notas sobre Valério Rodrigues Coelho Neto: Valério do Sobrado. Foi batizado em 29 de junho de 1798, na fazenda Carnaíbas, sendo seus padrinhos, seu tio Estevão Rodrigues Coelho e Anna Maria de Jesus.
Notas sobre Francisco Raimundo Rodrigues: De Curral Novo, Paulistana - PI.
Notas sobre Emericiana Joaquina Rodrigues: Veja família de N.8.6
Notas sobre Joaquina Lindalva: De Curral Novo, Paulistana - PI.
Notas sobre João Damaceno Rodrigues: De Curral Novo, Paulistana - PI.
Notas sobre Brígida Maria de Jesus Macedo: Parnaíba.
Notas sobre Joaquim Damasceno Rodrigues: Chegando à idade escolar foi mandado para estudar na escola de Boa Esperança, onde fez o curso primário sob os cuidados do abnegado mestre, padre Marcos de Araújo Costa. Em seguida, ávido por conhecimento, foi mandado para a cidade da Bahia, em cujo seminário ingressou com “sumo desejo de ascender ao estado sacerdotal”, diria mais tarde em petição. Alcança as ordens menores e sacras em 1847, quando procedeu-se ao seu processo de habilitações de genere.
Pouco depois, ordenando-se sacerdote retorna ao termo de Jaicós, onde assume a freguesia de Nossa Senhora das Mercês, em sucessão ao seu preceptor, o padre Marcos, da Boa Esperança, falecido em 1850. Fixa residência em meio à extensa parentela, na fazenda Paulista, que herdara de seus progenitores. E desde então, por mais de trinta anos, foi o vigário colado daquela freguesia, conduzindo com verdadeira devoção o rebanho católico espalhado pelas diversas fazendas e povoações.
Foi também um padre fazendeiro, como a imensa maioria dos sacerdotes piauienses daquele período. Multiplicou as fazendas que herdara, construindo a maior fortuna daquela freguesia, segundo apurou a mestranda Mônica Valéria Monteiro de Carvalho, em sua dissertação de mestrado, a que denominou Senhores do Gado: relações de mandonismo no sertão do Piauí: 1874 – 1888. Depois de analisar os autos de inventários daquela comarca, ela assim concluiu:
“O Padre Joaquim Damasceno Rodrigues concentrava a maior quantidade de terras da região de Jaicós, correspondente em bens de Raiz à importância de 10 contos 631 mil 809 reis, onde pastava o maior rebanho bovino da região com 1.064 cabeças de gado de toda sorte, vigiadas por 11 escravos e muitos agregados, exercendo o maior poder econômico da região. Somando-se a isso sua posição de pároco, Padre Joaquim Damasceno Rodrigues era o homem mais ilustre e poderoso da pequena vila de Jaicós. Essa quantidade de bens de raiz equivalia a uma grande quantidade de propriedades dentre as quais estavam inclusos sítios, posses de terras e fazendas. No inventário de Pe. Joaquim Rodrigues estão relacionadas 13 fazendas de grande e médio porte, muitas dessas fazendas fracionadas em várias porções de terras”.
Em outro trecho consta referência à análise de “7 inventários, onde o de maior monte-mor é o do Padre Joaquim Damasceno Rodrigues, 43 contos 900 mil e 809 reis”.
Porém, esse dedicado sacerdote piauiense deu sequência ao trabalho do Padre Marcos, a quem tinha como referência, não somente na atividade pecuária e na condução espiritual do rebanho católico daquela freguesia, como também no campo educacional, abrindo escola em sua casa situada na fazenda Paulista. Alfabetizou uma legião de alunos, sendo o mais famoso deles, o jurista Antônio Coelho Rodrigues, seu sobrinho e afilhado, que faria carreira notável no parlamento e na cátedra. Ensinava em sua escola e às próprias custas, rudimentos das primeiras letras e alguns princípios de instrução secundária, diria em 1851, Simplício de Sousa Mendes, diretor do Liceu Piauiense. “Nos anos de 1855 e 1856 a escola do padre Joaquim Damasceno Rodrigues passou a funcionar na vila de Jaicós atendendo 31 (trinta e um) meninos que ali assistiam aulas de filosofia, francês e latim”.
Militou na política, filiando-se ao partido conservador, por cuja legenda foi eleito deputado provincial para a legislatura iniciada em 1852.
Em 1865, exortou os paroquianos e agenciou voluntários para defender a pátria na Guerra do Paraguai.
Durante sua atividade apostolar muito lutou para emancipar sua povoação de Paulista, deixando em testamento para patrimônio da capela de Nossa Senhora dos Humildes, a casa de sótão em que morava, assim permanecendo “até que se realizasse a passagem da freguesia, e dada a hipótese de passar a vila, ficará dita casa considerada como de câmara”.
Foi administrador dos bens patrimoniais da capela de N. Sra. dos Humildes, situada na povoação de Paulista.
Felizmente, mesmo depois de seu óbito foi sua luta foi coroada de êxito, alcançando a povoação os predicados de freguesia pela lei provincial n.º 1078, de 13 de julho de 1883, sendo canonicamente instituída em 14 de agosto de 1888. A emancipação política veio com a lei provincial n.º 1137, de 20 de julho de 1885, que elevou a povoação à categoria de vila e município, solenemente instalado em 25 de dezembro daquele ano. Em virtude de lei federal que vedava a existência de mais de uma municipalidade com a mesma denominação, foi promulgado o decreto-lei estadual n.º 754, que alterou a denominação para Paulistana.
Tendo adoecido gravemente de ulceração cancerosa no estômago, foi socorrido pelo médico José Ignácio da Silva, da cidade de Juazeiro, na Bahia, que fora levado às pressas para a fazenda Paulista. No entanto, dado o estado avançado da doença, não resistiu ao tratamento vindo a falecer no dia seguinte, 24 de setembro de 1882, em pleno gozo de suas faculdades mentais. Possuía 56 anos de idade. Deixou testamento que foi objeto de controvérsia por alguns familiares.
Foi o Padre Joaquim Damasceno Rodrigues um típico filho da aristocracia rural piauiense, não ficando, porém, inerte aos problemas de sua época. Soube unir espontaneamente seu destino individual ao destino da sociedade, integrando-se ao meio e o influenciando através da catequese e da educação. Sábio discípulo do benemérito de Boa Esperança, também foi protagonista de sua época com as aulas ministradas nas escolas de Paulista e Jaicós. Por essa razão, merece figurar nessa galeria de notáveis.
Por Reginaldo Miranda da Silva (#79218)
Notas sobre Lucena Damaceno: De Parnaíba.
Notas sobre Hucênio Rodrigues Damasceno: De Pitomba, Paulistana - PI.
Notas sobre Vitalina Secundina de Carvalho: Veja família de N.11.3
Notas sobre Emericiana Joaquina Rodrigues: De Curral Novo, Paulistana - PI.
Notas sobre Francisco Raimundo Rodrigues: Veja família de N.7.1
Notas sobre Vitória Coelho: De Paulista.
Notas sobre Clara Maria de Jesus: Registro de batismo: “Aos três dias do mês de Setembro de mil oito centos e hum anos na Fazenda das Carnaíbas termo desta Freguezia de Nossa Senhora da Victória da Cidade de Oeiras do Piauhy Bispado de S. Luis do Maranhão em Desobriga fiz as preces da Igreja e pus os Santos Oleos a parvola Clara filha legítima de Joze Rodrigues Coelho e D. Christina Maria de Jezus, nascida a onze de fevereiro do mesmo anno moradores nesta Freguezia batizada em perigo de vida por Manoel Rodrigues Coelho homem instruído, do q para constar mandei fazer este assento que assigno. Mathias Pereira da Costa – Coadjutor”.
Registro de óbito: “Aos vinte e um dias do mês de novembro de mil oitocentos e sessenta e cinco, faleceu da vida presente Clara Maria de Jesus, casada que foi com Francisco José Rodrigues. Foi sepultada na Capella do Paulista desta Freguesia, do que para constar mandei fazer este assento em que assigno. O Vigário Claro Mendes de Carvalho”.
Notas sobre Vitalina Secundina de Carvalho: De Pitomba, Paulistana - PI.
Notas sobre Hucênio Rodrigues Damasceno: Veja família de N.8.5
Gerações | Pessoas | Casamentos | Pessoas c.c/outros Descendentes |
---|---|---|---|
Filhos | 11 | 10 | 0 |
Netos | 32 | 32 | 3 |
Bisnetos | 111 | - | - |
Totais | 154 | 42 | 3 |
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