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Genealogia de famílias do sertão nordestino

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Notas:
Carinhosamente conhecida como Stellinha, naturalista, folclorista, historiadora, romancista, e cronista, nasceu em Campos (Rio de Janeiro), em 1894, durante uma viagem de seus pais da capital federal para o sul do Espírito Santo. A mãe, Maria de Novaes, conhecida como Maricota, pertencia à uma importante família de Cachoeiro do Itapemirim, os Souza Monteiro. O pai, Dr. Manoel de Novaes Mello (irmão de Josefina Novaes, trisavó de Helaine Sabbadini), era filho do Barão de Piaçabuçu (Coronel João Machado de Novaes Mello), médico formado em Recife e deputado federal pelo Espírito Santo. Com a morte do pai, Stellinha mudou-se ainda criança para Cachoeiro do Itapemirim e, logo depois, para Vitória, onde veio morar no Palácio Episcopal junto à mãe, ao irmão caçula, e ao tio, Bispo D. Fernando de Souza Monteiro. Estudou no Colégio do Carmo e lá desenvolveu seus dons de musicista e desenhista.

Ao lado de D. Fernando, iniciou o gosto pela observação da natureza, sobretudo as orquídeas e os moluscos, o que iria marcar profundamente seu trabalho como naturalista, facilitado por sua aptidão artística que lhe permitia um registro fiel das espécies estudadas. Ainda jovem, conviveu proximamente com o poder durante a gestão de Jerônimo de Souza Monteiro, seu tio, presidente do Espírito Santo de 1908 a 1912, e de Bernadino de Souza Monteiro, também seu tio, presidente do estado de 1916 a 1920.

Com a morte de D. Fernando e a progressiva falência da família Souza Monteiro, Maria Stella de Novaes dependia cada vez mais de seu trabalho como professora do Ginásio Estadual, onde ingressara mediante concurso público, para sustentar a si mesma, sua mãe, e os estudos de seu irmão caçula. Não obstante as dificuldades, viajava freqüentemente ao Rio de Janeiro a fim de aperfeiçoar seus estudos com o Prof. Mello Leitão.

Junto com os seus alunos do Ginásio Estadual, iniciou, na década de 30, a construção de um orquidário no terreno nos fundos de sua modesta casa, situada na rua Coronel Monjardim nº 65. O orquidário ganhou, ao longo dos anos, tamanha proporção e importância pelo número e diversidade das espécies lá cultivadas, que despertou o interesse do pesquisador F. C. Hoehne, diretor do Instituto de Botânica de São Paulo, que iniciou, em 1936, uma importante correspondência com Stellinha, que se mantém ate o ano de 1950, na qual se pode verificar a evolução do pensamento profissional de ambos intelectuais. Seus estudos como naturalista a impulsionaram a conviver com o cotidiano popular espírito-santense, o que a levou a se interessar por estudos de folclore e, posteriormente, pela pesquisa histórica.

Em 1944 foi convidada, pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, para ingressar como primeira mulher a ser membro daquela instituição. Nessa época, já havia publicado livros e artigos em revistas científicas.

Seus estudos históricos foram sendo metodicamente organizados com a finalidade de participar do concurso Cidade da Vitória. Tratava-se de prêmio comemorativo instituído pela administração municipal. Stellinha participou sob o pseudônimo de "Tupy Guarani" e termina ganhando o prêmio. No entanto, não se conformou com a obrigatoriedade de dividi-lo com Adelpho Poli Monjardim - uma das autoridades municipais que assinou a lei de instituição do prêmio - visto que o regulamento estabelecia que haveria apenas um vencedor, e que a obra deveria ser inédita (Monjardim já havia publicado trechos de sua obra sob a forma de pequenos artigos na revista do IHGES). Iniciou, assim, um processo contra a Prefeitura de Vitória que duraria 28 anos e que teve como conseqüência quase imediata o seu isolamento do meio intelectual local.

Nacionalmente, continuava a ter sua obra reconhecida, como foi o caso do prêmio da Academia Brasileira de Letras recebido em 1952 por sua obra "Um Bispo Missionário", biografia de D. Fernando. Sua rede de correspondentes aumentava dia a dia, talvez uma compensação da surdez progressiva. Destacamos a longa correspondência com o naturalista Hoehne, de São Paulo; com o folclorista Câmara Cascudo, do Rio Grande do Norte; e com o anchietano Padre Viotti, também de São Paulo.

Maria Stella de Novaes foi pioneira em vários temas, desde o reflorestamento urbano, violência infantil, história das mulheres, história do teatro, imigração, etc. A intelectual, além disso, teve grande participação como sufragista e como correspondente com figuras proeminentes no movimento feminista nacional, como Berta Lutz.

Ao falecer em 1981, deixou obras completas ainda inéditas, algumas incompletas, uma biblioteca com inúmeras obras raras, e um farto arquivo pessoal que foram doados pela família ao Arquivo Público Estadual.

O Arquivo Pessoal de Maria Stella de Novaes é constituído por documentos de diversas procedências, com destaque para sua correspondência, seus cadernos de notas de pesquisa, seus rascunhos, suas obras (inéditas ou não), fotos, postais, aquarelas que reproduziam com perfeição as orquídeas (Augusto Ruschi, que fora aluno de Stellinha, utilizou suas obras para ilustrar seu livro), isto é, fontes para pesquisas de diversas áreas e temas.

Texto enviado por Helaine Sabbadini, obtido na internet. Não citou o endereço do site.
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Data: Quinta-Feira, 25-4-2024 17:49 GMT - DB1
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