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Genealogia Pernambucana

Famílias Sertanejas

Genealogia de famílias do sertão nordestino

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Genealogia de famílias do sertão nordestino

Maria Carlota Coelho

Religiosa Salesiana
ID: #12816
Notas:
Minha vida salesiana começou quando eu tinha 12 anos, que cheguei para estudar em Petrolina. O que encontrei? Irmãs, alegres, felizes, que estavam sempre à nossa disposição.
O tempo era outro. Todas as alunas eram de famílias organizadas, católicas e amigas. O progresso ainda não havia chegado, mas os dramas, as novenas, os retiros anuais, os passeios, as semanas ruralistas, os preparativos para o desfile no dia da cidade, a campanha missionária anual, as reuniões da JEC (Juventude Estudantil Católica), ensaios de corais para serem apresentados na cidade, tudo isso enchiam o nosso tempo e éramos felizes. Como dizia Dom Bosco: “De festa em festa, se chega ao paraíso”.
Aos 19 anos, já formada, vim para o Aspirantado e, juntamente com Ir. Maria Antônia, fomos destinadas para a Casa da Criança Joaquim Otaviano de Almeida, na Várzea, para darmos aula às meninas, filhas dos operários da fábrica, onde conheci a verdadeira pobreza: alunas de tamanco, sem farda, mas que tinham a sua família.
Como Filha de Maria Auxiliadora, tive os primeiros contatos com crianças, adolescentes e jovens em Manaus. No internato, era responsável pela divisão das pequenas de 4 a 10 anos. Essas crianças não eram abandonadas, mas as mães acreditavam na nossa missão e preferiam dar, desde cedo, uma boa educação às filhas. Eram provenientes do Acre, Colômbia, Boa Vista ou cidades do interior. Ambiente muito animado e divertido, pois a assistente geral fazia muitas festinhas e brincadeiras coletivas. Quando as jovens já estavam no colegial, davam um pouco mais de trabalho porque os rapazes costumavam fazer serenatas para elas e nós tínhamos de ficar andando no dormitório para não deixar irem às janelas.
Era o tempo das missas diárias para as internas e de uma formação espiritual muito forte. Usávamos o caminhão para levá-las aos banhos de piscinas naturais nos igarapés (os passeios preferidos).
Também, dava aulas no Colégio: meninas vivas, alegres, entusiasmadas, que vibravam com o movimento anual da Obra Vocacional Sacerdotal. Incentivadas pela promessa de um passeio no segundo semestre, os recreios eram uma verdadeira animação, tudo para conseguir dinheiro.
Vindo para o Nordeste, trabalhei com a juventude cearense, em Fortaleza. Meninas vivas, brincalhonas, mas que obedeciam. Minha missão foi só com as externas, embora houvesse também um internato muito animado. Foi o tempo em que o esporte (vôlei) era uma das grandes animações do Colégio. Anualmente, havia o movimento missionário que também animava todo segundo semestre. Quanto movimento bonito! O estudo ainda continuava tradicional, mesmo assim conseguíamos prepará-las bem. Também aqui quase que a totalidade das nossas alunas era católica e de famílias bem constituídas. Foi o tempo da Pia Associação Juvenil, Jardim de Maria e Anjinho da Guarda. Houve até um Congresso.
Trabalhei uma década no Mazzarello. Tempo bom, marcado pela chegada do homem à lua, pelo Tricampeonato, abertura do centenário e Centenário do Instituto, Centenário das Missões. Tudo isso era motivo de animação, sobretudo porque as festas eram constantes, palestras, ensaios, apresentação na TV. Quando a juventude se empolga por algo, é muito mais fácil de se trabalhar. Em todas essas obras havia oratório dominical muito animado e escola doméstica e aula noturna.
Depois de trabalhar nos Colégios por 23 anos, passei a assumir obras sociais:
PROMELVE, na Várzea. Meninas dos mocambos, provenientes de ambientes onde havia droga e, consequentemente, muita morte de parentes das nossas destinatárias. Nos trabalhos manuais fui ajudada pelas noviças da época e por duas professoras leigas. Pe. Geraldo, sacerdote do Coração de Jesus dava um acompanhamento espiritual muito bom. Voltando depois de anos à Várzea, encontrei uma grande turma diplomada, com bom emprego e levando os seus filhos para a escola.
PROARTE em Carpina, já mais organizada, com curso de computação, datilografia, corte e costura. Também aí, depois de anos, encontrei muitas ex-alunas com faculdade e até exercendo a presidência do CNCA adolescente.
Casa Lar, em Petrolina, dentro do CEMAM, que era uma escola de meninas pobres, mas de famílias organizadas. Os problemas da “Casa Lar” foram grandes, pois quase todas eram meninas já prostituídas pelo pai, padrasto, tio que, realmente davam muito trabalho. Mesmo assim encontrei-me com algumas que constituíram sua família e cuidavam bem das(os) filhas(os).
PETRAPE - “Quero os meninos que ninguém quer”, como dizia Ir. Dourado. Ali, vi milagre: a providência não faltava, se não se conseguiu atingir todos os meninos de rua, a maior parte, porém, foi fiel ao que recebeu no PETRAPE. Vi meninos que chegavam completamente desfigurados, mas logo tomavam outro jeito. Os maiores problemas eram brigas entre eles e roubo. Não só gostei dessa obra, mas amei. Nesta bela obra, despedi-me de minha missão de Educadora. Sou gratíssima a Maria Auxiliadora por me ter chamado para o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Sob o manto da Auxiliadora, sou feliz e gozo paz.

Ir. Maria Carlota Coelho.
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    O melhor programa para registro de dados genealógicos, usado por mim desde o início deste trabalho.
  • Família Coelho Rodrigues
    Site dos descendentes de Valério Coelho Rodrigues, com sua história, descendentes e muitas outras informações.
  • Uma organização internacional sem fins lucrativos que oferece ferramentas gratuitas para ajudá-lo a descobrir sua genealogia. Muitas pessoas aqui neste site já possuem links para seus registros no Family Search.
  • Colégio Brasileiro de Genealogia
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Dados do arquivo
Data: Sexta-Feira, 19-4-2024 18:40 GMT - DB2
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Famílias: 36.166
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